segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

GENTE SEM VERGONHA


Cerca de 3 anos no Parlamento uniram-se todos para derrubar aquele que mais temiam, toda a carneirada sabia perfeitamente bem que as próximas eleições iriam levar para o poder o PSD.
Hoje cospem para o ar e colocam imagens como esta aqui em cima, tentando comparar quem fez promessas que por força de uma crise que mais tarde rebentou, não conseguiu cumprir, com este escroque, que eles com o seu voto parlamentar, ajudaram a subir ao poder, é de uma falta de vergonha em toda a linha.
É assim que eles ludibriam, mentem, poluem.
Em 2011 sabiam que com o seu voto contra o programa do governo iriam criar esta situação, mas nada fizeram para a evitar, uniram-se aos que hoje simulam combater, sabendo que na Presidência da Republica já la estava o Cavaco, e que só faltava um governo da mesma cor, para tudo recuar no tempo. Agora insultam a inteligências das pessoas.
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sábado, 21 de dezembro de 2013

A GRANDE BURRICE


Sempre assim foi e continua a ser, ou resolvem de uma vez por todas unir forças, ou nada feito.
PSD acaba 2013 com a melhor sondagem do ano, esquerda desce.
Logo após o 25 de Abril pensaram em negociar com o poder patronal subsídios em vez de ordenados compatíveis, o que aconteceu, é que dezenas de anos depois, os subsídios estão a desaparecer e os ordenados continuam com os mesmos 40 anos de atraso, em relação aos outros povos europeus, dividiram os trabalhadores ao meio, uns no publico, outros no privado, uns com uma regalias, outros com outras.
Aqueles que criaram este fosso entre o publico e o privado estão bem visíveis, são os que se sentam á mesa das negociações, com os empregadores, eles não passam da cepa torta, mas a teimosia continua ano após ano, não conseguem ver que 8 a 10 por cento de votação não dá para nada.


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

SINOS DA LIBERDADE



SINOS DA LIBERDADE

Bem depois do por do sol, antes do badalar pungente da meia noite
Nos atiramos pelo umbral da porta em meio a trovões que desabavam
Enquanto os sinos majestosos dos raios lançavam sombras nos sons
Como se fossem os sinos da liberdade cintilando
Cintilando pelos guerreiros cuja força está em não lutar
Cintilando pelos refugiados em seu caminho indefeso de fuga
E para cada soldado oprimido naquela noite
Olhamos, maravilhados, o cintilar dos sinos da liberdade.


Na fornalha derretida da cidade, olhamos inesperadamente
Rostos ocultos, as paredes como que querendo nos esmagar,
Enquanto o eco dos carrilhões confrontado com a chuva que assoviava
Dissolvia-se no som dos sinos dos relâmpagos
Os sinos dobravam para os rebeldes, dobravam para os torturados
Para os infelizes, abandonados e desamparados
Dobravam para os párias, sempre queimados na fogueira.
E olhamos, maravilhados, o cintilar dos sinos da liberdade.


Pelo martelar místico e louco da tempestade selvagem
O céu chicoteava seus poemas em maravilha pura
Que o som dos carrilhões das igrejas sumia longe na brisa
Deixando apenas os sinos dos trovões e relâmpagos
Os sinos dobravam para os gentis, dobravam para os bondosos
Para os guardiões e protetores das mentes
E para o pintor independente que sobrevive além de seu tempo
E olhamos, maravilhados, o cintilar dos sinos da liberdade.


Por toda a noite, qual igreja selvagem, a chuva descortinava histórias
Para os seres deslocados, sem rosto e sem agasalho
Os sinos dobravam para as bocas sem lugar para serem ouvidas,
Sempre inferiorizadas com essa situação assumida
Os sinos dobravam para os surdos e cegos, dobravam para os mudos,
Dobravam para os mal tratados, mães solitárias e prostitutas
Para os proscritos, caçados e derrotados pela captura.
E olhamos, maravilhados, o cintilar dos sinos da liberdade.
Apesar de uma cortina branca de nuvens brilhar ao longe
E do nevoeiro hipnótico ir subindo lentamente,
As luzes dos raios eram como flechas, disparadas para todos, menos para aqueles
Condenados a vagar ou então, até disso, impedidos.
Os sinos dobravam para os que procuram algo, em sua trilha silenciosa
Para os amantes de coração solitário com suas histórias muito pessoais
E para cada alma gentil e inofensiva, deslocada em uma cela.
E olhamos, maravilhados, o cintilar dos sinos da liberdade.


Olhos brilhando e sorrindo, lembro de como ficamos parados
Sem sentir o passar do tempo, que para nós ficou congelado
Ao escutarmos ainda uma vez mais, ao darmos uma última olhada
Tomados pela emoção, nó na garganta, até o fim do soar dos sinos
Que dobravam para os feridos sem quem cuide de suas chagas
Para os incontáveis acusados,
E para cada pessoa impedida em todo este vasto mundo
E olhamos, maravilhados, o cintilar dos sinos da liberdade.